Missão Cascas Solidárias promete revolucionar a forma como a população do distrito de Évora pode ajudar a Comunidade e o Ambiente.
O projeto da Gesamb de cidadania solidária, ativa e ambiental promete revolucionar a forma como as populações locais dos 12 municípios de Évora podem ser agentes ativos de mudança para um futuro sustentável e mais solidário. Com a Missão Cascas Solidárias já é possível transformar as cascas do lixo orgânico em ações concretas. Como? Transformando o desvio de resíduos urbanos biodegradáveis (RUB) de aterro em benefício económico de valor a determinar e a ser entregue a IPSS locais
“Ser solidário vai passar a ser ridiculamente fácil” – este é um dos lemas do projeto intitulado Missão Cascas Solidárias, desenvolvido pela Gesamb em parceria com 12 municípios do distrito de Évora.
A ideia principal é fomentar o espírito de comunidade e entreajuda, com vista à promoção de uma sociedade mais igualitária e sustentável. Este projeto pioneiro na região tem no seu âmago incentivar as populações locais e organizações a adotarem hábitos de reciclagem do lixo orgânico que produzem, ao mesmo tempo, que contribuem para ajudar localmente quem mais precisa. Tudo passa pela reciclagem das cascas das frutas, legumes, talos, folhas (excluindo proteína animal e óleos alimentares). Ao fazê-lo, todos os habitantes dos 12 concelhos abrangidos do distrito de Évora, sem exceção, estão a contribuir para angariar apoios para ajudar crianças e adultos com deficiência e necessidades especiais. O processo é simples: à quantidade de resíduos orgânicos que os cidadãos vão passar a separar e a depositar – nos equipamentos domésticos e comunitários distribuídos e instalados no distrito de Évora, no âmbito deste projeto – será atribuído um valor que, posteriormente, irá ser convertido em apoio monetário às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) com presença local e/ou regional. Estas IPSS deverão ter como principal foco da sua atuação, a prestação de cuidados a pessoas com deficiência. Nesta fase, as três IPSS que foram sorteadas são a ASCTE – Associação Sociocultural Terapêutica de Évora; a CerciEstremoz – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados e a CerciMor – Cooperativa para a Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Montemor-o-Novo, CRL). De ressalvar que o valor monetário entregue às IPSS locais será calculado em função da quantidade de resíduos orgânicos desviados de aterro e em função do número de equipamentos domésticos e comunitários entregues. A equação é simples: quanto mais pessoas aderirem à prática da compostagem, mais significativo será o apoio prestado às instituições selecionadas.